Tempo real - 12/03/2008 14h30
Agência Câmara
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A mestranda Patrícia Magalhães informou que abriu processo administrativo na embaixada espanhola no Brasil para que retire o carimbo de negação de visto de entrada de seu passaporte. Segundo ela, isso pode comprometer até o desenvolvimento de sua carreira, porque ela não conseguirá entrar na Europa no futuro. A declaração foi feita em audiência da Comissão de Relações Exteriores que discutiu o assunto.
O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) afirmou que o Itamaraty deve apoiar esse pleito. Já o deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que o assunto deve ser tratado pelo governo brasileiro, porque essa é uma questão política, que não será resolvida administrativamente.
Para o presidente da comissão, deputado Marcondes Galdelha (PSB-PB), a audiência revelou novos problemas, como o estigma do registro da negativa de visto. Ele afirmou que é preciso aprofundar as discussões e buscar interlocução com outras instâncias, como o Parlamento europeu e as cortes espanholas.
Retaliação
Na audiência, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) afirmou que o Brasil deve sustentar uma política de reciprocidade com a Espanha. Ele sugeriu que, caso a situação de deportação não seja corrigida, os brasileiros promovam boicote a empresas espanholas no Brasil.
Já o deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) afirmou que o problema não será resolvido com a retaliação, mas por meio do diálogo educado com as autoridades européias. O deputado Carlito Merss (PT-SC) também discordou do discurso de retaliação. Ele afirmou que o principal problema é que os países europeus já não se interessam pela mão-de-obra de africanos e latino-americanos, que, durante anos, foram os principais imigrantes no continente europeu.
Para mudar essa postura com relação aos brasileiros, Merss defendeu a atuação de empresas espanholas que operam no Brasil e de jogadores de futebol brasileiros que atuam na Europa.
Reportagem - Vania Alves
Edição - Pierre Triboli
mpó/SP
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