quarta-feira, 9 de julho de 2008

DEPUTADO CLODOVIL É NOTÍCIA NA IMPRENSA NACIONAL / REPERCUSSÃO DE SUA PEC EM TODO PAÍS

País - 09/07/2008 11:25:01 AM

Maria Lima - o Globo; O Globo Online

Clodovil quer reduzir número de
deputados em mais de 50%

BRASÍLIA - O deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) protocolou nesta terça-feira, na Mesa da Câmara, uma proposta de emenda constitucional que promete muita polêmica. Ele quer cortar 263 vagas na Câmara, reduzindo o número de deputados a apenas 250. A proposta de emenda constitucional foi subscrita por 279 parlamentares - número expressivo, já que o mínimo exigido são 171. Entre os que assinaram o projeto estão o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), os líderes Luciano Castro (PR-RR) e Fernando Coruja (PPS-SC), além de deputados com visibilidade como Miro Teixeira (PDT-RJ), Ciro Gomes (PSB-CE) e Sarney Filho (PV-MA). Clodovil alega que o corte permitiria uma economia absurda de gastos, além de reduzir a corrupção. (O que você acha da proposta?)
Ele lembra que , hoje, cerca de 20% dos deputados estão em campanha e que a Câmara funciona perfeitamente com menos da metade da atual composição, se houver realmente interesse de trabalhar. Mas sabe que muitos dos que assinaram a PEC, numa votação pra valer no plenário, vão tirar o apoio dado.
- Eu sou principiante, mas não sou burro. Não tenho nada contra ninguém. Sei que a maioria não assinou pra valer. Mas eu não quero nem saber, o que quero é mexer na fogueira. Debaixo das cinzas sempre tem brasa - disse Clodovil.
Sua proposta diz que a Câmara será composta por 250 representantes do povo, eleitos pelo sistema proporcional ao número de habitantes, em cada estado, território e o Distrito Federal. Cada território eventualmente criado só tem direito a um representante. Ele cita como exemplo de excesso de representantes o estado do Amapá.
- O Amapá tem 600 mil habitantes, oito deputados, três senadores, assembléias, câmaras, órgãos federais, do governo estadual. O estado inteiro mama na vaca profana do governo - critica o deputado.
O autor da PEC também critica a péssima formação de alguns de seus pares na Câmara dos Deputados. Diz que, se aprovada, a proposta provocaria uma seleção natural.
- É preciso ter qualificação moral e cultural. Tem deputado aqui que fala nóis vai fazer isso ou aquilo. É um absurdo! E tem que reduzir mesmo, não tem jeito. Isso aqui é um metrô muito pequeno que sai do nada para lugar algum, mas todo mundo quer entrar nesse metrô - criticou Clodovil.
Para começar a tramitar, o presidente da Câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) tem que criar uma comissão especial para analisar a PEC.


Quarta-feira, 9 de julho de 2008
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POLÍTICA
Clodovil propõe corte no Congresso

O deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) protocolou ontem na Mesa da Câmara uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que propõe o corte de 263 vagas na Câmara Federal, reduzindo o número de deputados dos atuais 513 para apenas 250. Clodovil alega que o corte permitiria uma economia absurda de gastos e ainda reduziria a corrupção.A proposta foi subscrita por 279 parlamentares (o mínimo é 171 assinaturas), muitos deles políticos expressivos e experientes como o presidente do PMDB,Michel Temer (SP), o ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PCdoB-SP), os líderes Luciano Castro (PR-RR) e Fernando Coruja (PPS-SC), além de nomes como Miro Teixeira (PDT-RJ), Ciro Gomes (PSB-CE) e Sarney Filho ( PVMA).Clodovil argumenta que cerca de 20% dos deputados estão em campanha e que a Câmara funciona perfeitamente com menos da metade da atual composição, se houver realmente interesse de trabalhar.O deputado reconhece que pode perder algumas assinaturas caso a PEC vá para votação em plenário.“Eu sou principiante mas não sou burro. Sei que a maioria não assinou para valer. Mas eu não quero nem saber, o que quero é mexer na fogueira.Debaixo das cinzas sempre tem brasa”, disse Clodovil, que pode acabar tendo uma surpresa.Miro Teixeira e Fernando Coruja dizem que assinaram para valer e elogiam a iniciativa, afirmando que pode ser o primeiro passo para uma dura e difícil discussão sobre as reformas do Estado e dos poderes.Miro lembra que é de uma época em que a Câmara funcionava “magnificamente” com 270 deputados.

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